A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou nesta segunda-feira (20) que o país está fazendo progresso em reduzir a inflação, ao mesmo tempo em que mantém crescimento econômico e mercado de trabalho robustos, durante entrevista à CNBC.
A autoridade defendeu que a melhora da economia ainda não foi sentida pelos americanos devido ao nível elevado dos preços desde a pandemia, mas devem notar em breve com maior oferta de emprego e investimentos. “Precisamos explicar e ensinar aos eleitores sobre o progresso da economia”, comentou, ao ser questionada sobre a percepção econômica da população, especialmente entre eleitores democratas jovens.
Yellen também falou sobre a necessidade de consolidação fiscal nos Estados Unidos, destacando que o “ambiente de juros elevados” se tornou um desafio adicional para o orçamento. A secretária reforçou que, na última proposta, o presidente Joe Biden propôs reduções no déficit, mas que não prejudicavam a economia ou o apoio a países aliados. Ela ressaltou ainda que espera aprovação do orçamento pelo Congresso.
Sobre o envio de recursos militares, Yellen classificou a ação como “essencial para a segurança nacional dos EUA”. “É essencial enviar recursos para a Ucrânia e para Israel. Não podemos abandonar a Ucrânia enquanto estão lutando valentemente no campo e dependem destes recursos. Se não impedirmos o ataque da Rússia, em breve podem atacar nossos aliados”, pontuou. Yellen, entretanto, não comentou sobre a guerra em Israel.
A secretária do Tesouro também falou brevemente sobre a reunião entre Biden e o presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês). Segundo Yellen, os países fizeram progresso em discussões de cooperação bilateral e Biden “deixou claro que não mudou posição sobre Taiwan”.