Um caça F-22 dos Estados Unidos abateu nesta última sexta-feira (10) um objeto voador não identificado (OVNI) no Alasca, disseram autoridades norte-americanas, menos de uma semana após o Exército derrubar um balão chinês que estava sobrevoando o país.
Um míssil Sidewinder derrubou o objeto, que era aproximadamente do tamanho de um pequeno carro, disse o general Patrick Ryder, o principal porta-voz do Pentágono.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou a derrubada, que foi anunciada da Casa Branca — um raro envolvimento presidencial, dado o inicial relato sugerindo que o objeto não representava uma ameaça militar e era bem rudimentar.
Em 4 de fevereiro, outro caça F-22 derrubou o que o governo dos EUA chamou de balão de vigilância chinês na costa da Carolina do Sul, após uma jornada de uma semana pelos Estados Unidos e partes do Canadá.
Republicanos e até alguns democratas colegas de Biden criticaram o presidente por ter esperado muito para agir contra o balão. O incidente deu início a uma crise diplomática entre as duas maiores economias do mundo e levou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a cancelar uma viagem planejada para Pequim.
O Pentágono e a Casa Branca se recusaram a dar uma descrição detalhada desse último objeto que foi derrubado, dizendo apenas que era bem menor do que o balão chinês. O Pentágono disse que ele estava voando a cerca de 12.190 metros e era um risco ao tráfego aéreo civil.
“Não sabemos quem é o dono deste objeto”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.
O objeto foi derrubado na região nordeste do Alasca, perto da fronteira canadense, onde estava viajando na direção nordeste. O Pentágono disse que ele foi detectado pela primeira vez em 9 de fevereiro por radares terrestres. Caças foram enviados para investigar.
Ryder disse que pilotos norte-americanos que voaram ao seu lado determinaram que não havia humanos a bordo. Acrescentou que ele era incapaz de manobrar e não parecia um avião. Ryder e outras autoridades não quiseram dizer se poderia ser simplesmente um balão meteorológico ou outro tipo de balão.
“Não era exatamente uma aeronave”, disse Ryder, em uma entrevista coletiva.
Questionado sobre por que a autorização de Biden foi necessária, Ryder reconheceu que o comandante militar dos EUA que supervisiona o espaço aéreo norte-americano tinha autoridade para derrubar objetos que representam um risco militar ou um risco ao povo norte-americano.
“Neste caso específico, ficou determinado que ele representava uma ameaça razoável ao tráfego aéreo”, disse Ryder.