Mais de 1.100 arquivos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963, foram divulgados na noite da última terça-feira (18). A liberação ocorreu após ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os documentos, alguns deles classificados como secretos até então, somam mais de 31 mil páginas, e foram publicados no site dos Arquivos Nacionais e Administração de Registros dos EUA. Segundo a instituição, a maior parte da coleção já havia sido tornada pública anteriormente. O acervo completo inclui mais de seis milhões de páginas, além de fotografias, filmes, gravações de áudio e artefatos ligados ao caso.
Os Arquivos Nacionais informaram que a divulgação atendeu à diretriz presidencial para liberar “todos os registros anteriormente retidos por razões de classificação”. Pesquisadores estimam que cerca de três mil arquivos são inéditos, total ou parcialmente. No mês anterior, o FBI revelou ter encontrado aproximadamente 2.400 novos registros relacionados ao assassinato.
Especialistas alertam que os documentos divulgados não devem trazer revelações bombásticas, mas o interesse pelo caso permanece alto.
O assassinato de JFK
John F. Kennedy foi morto em 22 de novembro de 1963, durante uma visita a Dallas, Texas. Quando sua carreata percorria o centro da cidade, tiros foram disparados do prédio do Texas School Book Depository.
A polícia prendeu Lee Harvey Oswald, então com 24 anos, apontado como o atirador posicionado no sexto andar do edifício. Dois dias depois, enquanto era transferido sob custódia, Oswald foi morto a tiros por Jack Ruby, dono de uma boate local.
Em 1964, a Comissão Warren, criada pelo então presidente Lyndon B. Johnson para investigar o crime, concluiu que Oswald agiu sozinho e que não havia evidências de conspiração. No entanto, teorias alternativas sobre o caso persistem há décadas.