Depois de priorizar a indicação da Argentina para ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o governo dos Estados Unidos decidiu recuar e sugerir o Brasil para a vaga imediata. Fontes do governo brasileiro afirmaram que, nesta quarta-feira (15), os EUA devem oficializar a medida em um documento apresentado ao bloco.
Em outubro de 2019, uma carta assinada pelo secretário de Estado da administração Donald Trump, Mike Pompeo, causou polêmica por só apoiar expressamente a entrada de Romênia e da Argentina na OCDE.
Isto porque, em março daquele ano, durante visita oficial a Washington, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Trump anunciaram, em declaração conjunta, o apoio estadunidense à candidatura brasileira para se tornar membro da ODCE. A ausência brasileira na carta de Pompeo foi vista como um recuo no acordo.
Frente à polêmica, a embaixada dos EUA no Brasil emitiu nota reforçando o compromisso e saudando os “esforços contínuos do Brasil em relação às reformas econômicas, melhores práticas e conformidade com as normas da OCDE”.
Pompeo, por sua vez, disse que “os EUA farão um grande esforço para apoiar o acesso ao Brasil”. “Somos entusiasmados apoiadores da entrada do Brasil”, escreveu ele, na época.