O secretário de Estado americano, Marco Rubio, decretou nesta sexta-feira (21) um veto à entrada da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner e sua família nos Estados Unidos. O ex-ministro do interior do governo peronista Julio De Vido também é alvo da sanção.
A ex-presidente foi condenada em 2022 a 6 anos de prisão por desvio de recursos públicos em obras na província de Santa Cruz, no sul do país. Ela não cumpre a pena até que a Suprema Corte se decida sobre o caso. A ex-presidente se diz inocente e alvo de perseguição judicial.
“Hoje, estou anunciando a designação de Cristina Elisabet Fernandez de Kirchner (“CFK”), ex-presidente da Argentina, e Julio Miguel De Vido (“De Vido”), ex-ministro do Planejamento da Argentina, por seu envolvimento em corrupção significativa durante seu período em cargos públicos”, disse Rubio em comunicado. “Essa ação torna CFK, De Vido e seus familiares imediatos geralmente inelegíveis para entrar nos Estados Unidos.”
Segundo o secretário de Estado, essas designações reafirmam o compromisso da Casa Branca em combater a corrupção global. “Os Estados Unidos continuarão a promover a responsabilização daqueles que abusam do poder público para ganho pessoal”, acrescentou o diplomata.
Cristina é uma das principais opositoras ao governo do presidente da Argentina, Javier Milei, e ainda tem força política no país. O atual presidente, por sua vez, é um dos principais aliados do presidente Donald Trump na América do Sul.