Tigst Assefa disse que buscava quebrar o recorde, mas se surpreendeu por ter ficado mais de dois minutos abaixo da marca anterior. Entre os homens, Eliud Kipchoge venceu pela quinta vez na capital alemã.Tigst Assefa, da Etiópia, quebrou o recorde mundial da maratona feminina em Berlim neste domingo (24/09), reduzindo em mais de dois minutos o recorde anterior ao concluir os 42 quilômetros da corrida em 2 horas, 11 minutos e 53 segundos.
Na modalidade masculina, Eliud Kipchoge também quebrou um recorde, ao se tornar o primeiro homem a vencer cinco maratonas em Berlim.
Um grupo ativistas do clima havia ameaçado atrapalhar o evento, e alguns entraram na pista com baldes de tinta laranja. No entanto, a polícia interveio rapidamente e os manifestantes foram retirados do local pouco antes do início da corrida.
Assefa: “Não esperava correr tão rápido”
Assefa reduziu em 2 minutos e 11 segundos o recorde mundial feminino anterior de 2:14:04, estabelecido em 2019 pela queniana Brigid Kosgei em Chicago.
Ela também melhorou seu recorde pessoal em 3 minutos e 44 segundos, que ela havia cravado na maratona do ano passado na capital alemã.
“Não esperava correr tão rápido (…), mas é o resultado de muito trabalho”, disse a nova recordista mundial após a corrida.
A queniana Sheila Chepkirui chegou em segundo lugar, mas ficou quase seis minutos atrás da vencedora. Magdalena Shauri, da Tanzânia, ficou em terceiro lugar. Um recorde de oito mulheres terminou a corrida em menos de 2 horas e 20 minutos.
Desempenho estelar de Kipchoge
O queniano Kipchoge também repetiu sua vitória do ano passado, mas não conseguiu melhorar seu recorde mundial. O atleta de 38 anos ficou abaixo de seu recorde anterior em Berlim, de 2022, por pouco mais de um minuto e meio, com um tempo de 2 horas, 2 minutos e 42 segundos.
Os estreantes Vincent Kipkemoi do Quênia (2:03:13) e Tadase Takele da Etiópia (2:03:24) ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Kipchoge agora é o homem com o maior número de vitórias na maratona de Berlim, com uma a mais do que a lenda etíope Haile Gebrselassie, que venceu quatro corridas consecutivas na capital alemã entre 2006 e 2009. As vitórias de Kipchoge ocorreram em 2015, 2017, 2018, 2022 e agora neste ano.
“Sempre aprendo com cada corrida e cada vitória. Estou muito feliz por vencer pela quinta vez em Berlim”, disse Kipchoge.
Tentativas de ambientalistas foram frustradas
O grupo ambientalista Letzte Generation (Última Geração) havia sinalizado sua intenção de atrapalhar o evento, já que havia feito atos semelhantes com tinta no passado.
A polícia e a equipe de segurança afastaram um grupo de ativistas que entraram na pista por ambos os lados da via, tentando bloquear o percurso pouco antes do início do evento. Os corredores da maratona passaram por faixas de tinta laranja brilhante que os ativistas haviam espalhado pela rua.
Na semana passada, o grupo ambientalista pintou com tinta o Portão de Brandemburgo. O popular ponto de referência e símbolo da Alemanha está localizado próximo ao final do percurso da maratona.
No sábado, o organizador da maratona exortou os ativistas a não atrapalharem o evento. Jürgen Lock, diretor administrativo da SCC events, grupo responsável pela maratona, disse que esperava que “nada de inconveniente acontecesse em termos de uma manifestação, mas temos planos para essas eventualidades”.