Idosos que têm comportamento sedentário de lazer, como, por exemplo, ficar à frente da TV sentado, estão propensos a chance maior de desenvolver demência, independentemente do quanto se engajem em atividades físicas. É o que mostra novo estudo publicado da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa foi realizada 146.651 adultos com 60 anos ou mais. A conclusão do trabalho foi a de que os idosos que ficavam a maior parte do seu tempo assistindo à TV tinham risco 24% maior para demência. Já os que ficavam mais tempo em frente ao computador apresentavam diminuição de 15% no risco da enfermidade.
De acordo com os pesquisadores, ver TV é atividade que exige pouco pensamento, é cognitivamente passiva. Em relação ao uso do computador, é mais intelectualmente estimulante, cognitivamente ativo, da mesma forma que a leitura.
Todos os 145.651 participantes do levantamento não tinham demência no início do trabalho. Mas 3.507 deles foram diagnosticados com a enfermidade depois de 12 anos de pesquisas. Assim, os pesquisadores chegaram à conclusão que “reduzir cognitivamente passivos (comportamentos sedentários), como assistir à TV e aumentar cognitivamente ativos (aqueles), como o uso de computador, até mesmo em uma pequena quantidade, pode ter um impacto importante no risco de demência em indivíduos, independentemente de seu engajamento na atividade física”.
Demência
Perda da memória, confusão mental, problemas com linguagem, raciocínio e mudanças comportamentais, que vão se agravando com o passar dos anos, fazem parte dos sintomas da enfermidade.
A demência atualmente acomete aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil, com cerca de 100 mil casos diagnosticados por ano. Nos Estados Unidos, são 6 milhões de pessoas com Alzheimer e doenças relacionadas, e o número deve aumentar para 14 milhões até 2060, de acordo com os centros de controle e prevenção de doenças do país.