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quinta-feira 11 de abril de 2019 às 10:02h

Estudantes soteropolitanos criam aplicativo para ajudar em denúncias de violência contra a mulher

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O App foi lançado em março do ano passado e tem a maior parte dos acessos em Salvador

Denunciar um caso de agressão não é fácil – prova disso, é que cerca de 40% das mulheres que têm essa coragem desistem e não retornam à delegacia depois, para dar continuidade ao caso. Com o objetivo de orientar as mulheres vítimas de violência a a denunciar as agressões, os estudantes Alan Robert do Carmo, 17 anos, e Carlos Eduardo Soares, 18, criaram o aplicativo ‘Conscientizando’. Os dois meninos são alunos do 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Sete de Setembro, no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, segundo publicado no Jornal Correio.

O aplicativo pode ser baixado em qualquer celular Android e traz como conteúdo inicial a Lei Maria da Penha – que foi sancionada em 2015 e é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, o app tem um canal de denúncia.

“Tivemos a ideia durante um projeto cujo tema no passado foi a violência contra a mulher. Então, resolvemos criar o app, que é uma forma de comunicação mais sensível para as pessoas entenderem, que serve para incentivar a denúncia. Apesar de existir o Disque 180, Central de Atendimento à Mulher, as mulheres desconhecem o serviço ou têm medo”, explica Alan.

O app tem a versão bilíngue (Português/Inglês) e podem ser feitas denúncias sob anonimato. “Além disso, tem os tipos de violência, relatos atualizados, telefones de todas as delegacias especializadas em atendimento à mulher no país”, completa.

Quando criaram o app, em março do ano passado, os estudantes não tinham noção da abrangência. Hoje, já somam mais de 2 mil acessos – 99% no Brasil e 1% nos Estados Unidos. “A Bahia foi o estado que deu mais acesso, 80%. Neste universo, Salvador foi responsável por 90% dos acessos. Os 10% que restavam foi em Feira de Santana”, declarou Carlos.

 

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