Cinco projetos desenvolvidos por alunos da Escola SESI se destacaram na feira científica, em São Paulo.
Cinco projetos desenvolvidos por estudantes da Escola SESI de Salvador, Ilhéus e Vitória da Conquista foram premiados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em São Paulo, entre os dias 20 e 24 de março. Considerada um dos principais eventos científicos pré-universitários do Brasil, a feira é promovida anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Nesta edição, a Escola SESI Bahia teve recorde de projetos aprovados para a feira científica, com nove finalistas. “Desde 2020, o número de projetos finalistas e de premiações na Febrace vem aumentando, com a aprovação de projetos desenvolvidos por estudantes de escolas de Salvador e do interior, o que demonstra a robustez do nosso programa de Iniciação Científica. Essas premiações mostram que estamos no caminho certo”, avalia o gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, Fernando Moutinho.
Os projetos premiados foram desenvolvidos por estudantes que participam do programa de Iniciação Científica, nas cidades de Ilhéus, Salvador e Vitória da Conquista, nas áreas de ciências da natureza, ciências humanas e linguagens.
Do sudoeste baiano, as irmãs Bianca Novais e Luana Novais ficaram em segundo lugar na área de Ciências Humanas, com o projeto: O kindle direct publishing e a autopublicação como mecanismo para o reconhecimento dos escritos de jovens autoras. As estudantes da Escola SESI Anísio Teixeira se dedicaram a investigar como a ferramenta de publicação online pode ajudar a introduzir novos autores no mercado literário.
“A gente está colhendo os frutos da nossa dedicação. Essa medalha é um reconhecimento de nosso trabalho. Nossa ideia é ajudar outras pessoas que também querem escrever e buscam formas de publicar suas obras sem depender de editoras. A gente pretende que, com a pesquisa, a auto publicação possa se popularizar”, explica Luana Novais.
Também do interior do estado, os estudantes Yasmim Santos Santana, João Vitor Oliveira Gomes e Giovanna Souza Viana, da Escola Sesi Adonias Filho, em Ilhéus, ficaram em 3° lugar em Ciências Exatas e da Terra. Juntos, eles desenvolveram o projeto: Ferticagem: uma proposta sustentável e econômica. Trata-se de um fertilizante natural produzido a partir da casca do caranguejo-uçá, bastante consumido na região sul do estado. “Descobrimos que a principal substância presente na casca é benéfica ao solo e que esse fertilizante pode ser utilizado na agricultura familiar”, explica Giovanna Viana.
Além da terceira colocação na área de Ciências Exatas e da Terra, os alunos conquistaram credencial para participar da Mostra Científica de Inovação, Tecnologia e Engenharia, da escola estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa (MOCITEPIAL), em Arapiraca. “Após um ano de trabalho intenso, é bom saber que fomos recompensados com um prêmio. A sensação é de dever cumprido com o nosso trabalho”, comemora a estudante.
Os outros três projetos premiados na Febrace 2023 foram da Escola SESI Djalma Pessoa (Salvador). O estudante Felipe Sacramento ficou em segundo lugar em Ciências Biológicas com o projeto Extratos vegetais da folha do araçazeiro (psidium guineense sw.): um método alternativo no combate a proliferação do mosquito aedes aegypti.
O jovem, que atualmente faz curso técnico de biotecnologia no SENAI Cimatec, investigou soluções que pudessem contribuir para combater o mosquito da dengue. “O sentimento que descreve ter recebido essa premiação é valorização. Me senti valorizado quando conquistei o segundo lugar. Senti que as pessoas deram importância não só para o problema que o meu trabalho abrange, mas também à solução apresentada”, conta.
Em outra área, a de Ciências Humanas, as estudantes Bruna Batista Santos e Beatriz Belo Santos ficaram em 3° lugar com o projeto Acesso e permanência no ensino superior no Brasil: a meritocracia reforçada pela mídia no caso de Matheus Araújo Moreira e de Débora Souza Rocha.
O objetivo das alunas é discutir o conceito de meritocracia e mostrar como ele afeta o acesso de jovens a universidades brasileiras. “Ficamos muito felizes com o resultado. Isso nos mobilizou a investigar cada vez mais e propor novas soluções e abordagens. Nossa ideia não é apenas propor a desconstrução da meritocracia, mas incentivar que cada vez mais jovens façam parte do destes espaços”, conta Bruna.
Já os alunos Rafael Matos Brito Pires, João Paulo Reis de Santana Silva e Isaque de Pontes Nunes foram destaque com o projeto Produção de filmes semicondutores em ambiente escolar, que ficou em quarto lugar na área de Ciências Exatas.
“O projeto surgiu com a ideia de que talvez pudéssemos fazer uma placa fotovoltaica em ambiente escolar. Com os estudos, percebemos que não é tão simples quanto parece e escolhemos uma das camadas da placa fotovoltaica para fabricar. Esses filmes semicondutores são necessários para a fabricação de uma placa solar fotovoltaica. Então buscamos uma solução de baixo custo e baixa complexidade, que pudesse ser feita em ambiente escolar”, explica Isaque de Pontes Nunes.
Projetos premiados FEBRACE 2023:
ESCOLA SESI ANÍSIO TEIXEIRA (Vitória da Conquista)
O kindle direct publishing e a autopublicação como mecanismo para o reconhecimento dos escritos de jovens autoras – 2º lugar em Ciências Humanas
Estudantes: Bianca Santana Teixeira Novais e Luana Santana Teixeira Novais
Orientador: Vilmar do Nascimento Rocha
ESCOLA SESI ADONIAS FILHO (Ilhéus)
Ferticagem: uma proposta sustentável e econômica – 3° lugar em Ciências Exatas e da Terra
Estudantes: Yasmim Santos Santana, João Vitor Oliveira Gomes e Giovanna Souza Viana
Orientador: Glauber Gonçalves do Nascimento
Coorientadora: Nara Georgia Ribeiro Braz Patrocínio
ESCOLA SESI DJALMA PESSOA (Piatã, Salvador)
Extratos vegetais da folha do araçazeiro (psidium guineense sw.): um método alternativo no combate a proliferação do mosquito aedes aegypti – 2º lugar em Ciências Biológicas
Estudante: Felipe Silva Sacramento
Orientadora: Jamile da Cruz Caldas
Coorientador: Marcelo Barroso Barreto
Acesso e permanência no ensino superior no Brasil: a meritocracia reforçada pela mídia no caso de Matheus Araújo Moreira e de Débora Souza Rocha – 3º lugar em Ciências Humanas
Estudantes: Bruna Batista Santos e Beatriz Belo Santos,
Orientador: Michele Sodré das Neves
Produção de filmes semicondutores em ambiente escolar – 4º lugar em Ciências Exatas
Estudantes: Rafael Matos Brito Pires, João Paulo Reis de Santana Silva e Isaque de Pontes Nunes
Orientador: Rafael Macedo de Sales