Anunciada agora há pouco por Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista à CNN, a estratégia de apoiar uma eventual candidatura de Michelle para a Presidência da República e assumir o comando da Casa Civil rememora, em partes, um passado petista, quando Dilma Rousseff, então presidente, tentou nomear Lula como ministro também da Casa Civil para tentar impedir o andamento do impeachment dela, em 2016.
Ao ser questionado, Bolsonaro disse “não ter problemas” em colocar Michelle como cabeça de chapa nas eleições presidenciais de 2026, mas desde que a mulher o nomeie ministro da Casa Civil caso ela vença a disputa.
Em 2016, Dilma decidiu nomear Lula como ministro da Casa Civil durante o andamento do processo de impeachment instaurado na Câmara numa tentativa de, com Lula no governo, a articulação política melhorar e, assim, o processo tentar ser barrado.
Mas o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cassou em março de 2016 a nomeação de Lula como chefe da Casa Civil.