Existem hoje conforme a coluna Esplanada, cerca de 500 sites de apostas esportivas operando no Brasil, a grande maioria com hospedagem em servidores de internet do exterior. Controlados por estrangeiros, sem pagar impostos e arrecadando centenas de milhões de reais por mês. O faturamento chega a R$ 7 bilhões por ano só no Brasil, confirmam operadores.
As multinacionais ganham tanto que duas delas, da Grã Bretanha, pagam R$ 400 milhões por ano em marketing e mídia no Brasil. Um dos contratos para um canal de TV a cabo é de R$ 88 milhões. Outro, para um canal de sinal aberto, chega a R$ 58 milhões.
As apostas esportivas online já foram aprovadas em lei pelo Congresso Nacional, mas falta a regulamentação. Brasileiros que tentam empreender saem perdendo.
As estrangeiras que operam no Brasil detêm 70% do mercado aqui. Se regulamentado o jogo online, a entrada dos brasileiros no negócio pode gerar até 450 mil empregos.
O caso está nas mesas da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (ufa!). Os brasileiros aguardam uma regulamentação para saber como e quanto investir. Por ora o mercado está com os tubarões estrangeiros.
Contatos da coluna Esplanada informam que apenas uma empresa brasileira pretende 2 mil casas de apostas de imediato se for autorizada a operar nas ruas as apostas online.
Em resposta à nossa reportagem na tarde desta quinta-feira (18), a assessoria do Ministério da Economia enviou a seguinte nota: “O BNDES, em parceria com o Ministério da Economia, está promovendo processo de contratação de serviços técnicos para a estruturação do projeto de desestatização da modalidade de loteria intitulada Apostas de Quota Fixa, instituída pela Lei Federal nº 13.756/2018”.
Ainda de acordo com a nota, o BNDES abriu processo para cadastrar empresas interessadas em prestarem serviços técnicos. Na primeira fase, foi aberto o Request for Information(RFI), entre os dias 5 e 19/2, com o objetivo de mapear o interesse e as competências relevantes para a estruturação do serviço junto às empresas atuantes no mercado. Foram recebidas 38 inscrições de empresas interessadas em participar.
“O próximo passo será a validação das informações apresentadas no RFI e a definição dos critérios para seleção das empresas, que serão posteriormente convidadas para a Solicitação de Propostas – Request for Proposal(RFP), para as etapas seguintes do processo de seleção de consultores”.