O Polo Agroindustrial e Bioenergético, que está sendo implantado no Médio São Francisco é, de acordo com o vice-governador João Leão (PP), que é o maior incentivador da agroindústria e bioenergia da Bahia, disse em entrevista no início do ano quando estava à frente da Secretaria de Planejamento do estado, a “nova fronteira de desenvolvimento territorial da Bahia”. O gestor apontou em fevereiro que já existiam 28 empreendimentos em fase de implantação e em análise, com potencial de gerar 60 mil empregos, diretos e indiretos, e aportar R$ 9 bilhões em investimentos na região nos próximos anos.
“Estamos fomentando novas zonas econômicas na Bahia, para descentralizar a arrecadação e isto está previsto nos principais instrumentos do planejamento estratégico da Secretaria do Planejamento (Seplan). Estamos pensando a Bahia para os próximos 50 anos”, afirmou Leão em entrevista na época.
Com a implantação do projeto, o Estado, que importa mais de 80% do seu consumo de etanol e açúcar, deve tornar-se competitivo no mercado. Para tanto, já está prestes a ser inaugurada a primeira usina sucroalcooleira do Polo, em Muquém do São Francisco, a Serpasa Agroindustrial, do Grupo Paranhos. “Temos outras usinas de etanol e açúcar em análise, além de projetos de pecuária, agroindustriais e o Polo Viticultor, com 14 produtores de Santa Catarina”, explica o vice-governador.
Leão declarou ainda na época, que a atração, industrialização e interiorização de investimentos são metas do Governo do Estado, que planeja equalizar a receita da Bahia, elevando os índices de arrecadação no interior, gerando emprego e renda. “O polo é um bom exemplo de como ações bem planejadas estrategicamente podem mudar o destino de uma região. O projeto integra o Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável (PTDS), no âmbito da Agenda de Desenvolvimento Territorial (AG-Ter)”, destacou Leão.
Segundo os dados mais recentes da reguladora ANP, de janeiro a maio deste ano 91,3% de toda a matéria-prima usada na produção de etanol no Brasil veio da cana-de-açúcar, enquanto apenas 8,7% foi referente a outros insumos. Desse grupo, 55,64% do que foi produzido veio do milho.
Em junho, a BSBios, maior produtora de biodiesel do Brasil, anunciou a assinatura de um protocolo de intenções junto com o governo do Rio Grande do Sul para investir 316 milhões de reais em uma usina produtora de etanol, no Estado, a partir de cereais como milho, trigo, triticale, arroz e sorgo.
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