Pelos menos cinco estados brasileiros vão antecipar a segunda dose das vacinas contra Covid-19 devido a variante Delta. Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina, decidiram precipitar a entrega da segunda aplicação do imunizante da Astrazeneca.
O infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Celso Granato, falou sobre a importância das adaptações às mudanças da pandemia. “A segunda dose fica cada vez mais importante, a primeira dose ela é importante digamos assim, preparada pra deixar uma memória imunológica e produzir um pouco de anticorpo, mas como esse vírus tá ficando diferente, talvez não seja suficiente”, afirma Granato.
O estado de São Paulo também avalia a antecipação. De acordo com o diretor do Instituto Butantan Dimas Covas, “essas vacinas que têm intervalo de três meses, obviamente que só vai completar a imunidade passado quase quatro meses da primeira dose, então sem dúvida, a possibilidade de haver a antecipação da segunda dose para estas vacinas deve ser considerada”.
Entretanto, o assunto tem sido bastante discutido já que há a preocupação de não haver doses para toda a população. Para o coordenador executivo de contingência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, “talvez seja muito mais interessante termos mais gente vacinada com a primeira dose, do que antecipar a segunda dose para alguém, porque não existe mágica”, explica.
A Pfizer afirmou nesta quinta-feira (8) que estudos preliminares apontam a necessidade de uma terceira dose da vacina para imunização contra variante Delta.