quarta-feira 25 de dezembro de 2024
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou termo de cooperação para atuação conjunta com o TSE no combate às fake news. Foto: Tom Costa / MJSP 
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terça-feira 12 de março de 2024 às 18:27h

‘Estado não hesitará em usar poder de polícia contra fake news’, avisa Lewandowski

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse conforme Lavínia Kaucz, do Estadão/Broadcast, que o “Estado brasileiro não hesitará em usar poder de polícia” para combater a proliferação de fake news no período eleitoral. Ele assinou, nesta terça-feira (12) termo de cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para atuação conjunta em ano eleitoral.

“A presença do Ministério da Justiça e Segurança Pública neste ato, assinando esse acordo, significa o cumprimento do dispositivo da Constituição que diz que os Poderes são independentes, mas harmônicos entre si”, afirmou, destacando a harmonia entre Executivo e Judiciário.

De acordo com Lewandowski, a ênfase que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, quer dar a essa estrutura é no aspecto educativo, mas ponderou que “claro que há componente repressivo para evitarmos e reprimidos condutas abusivas, sobretudo discursos de ódio e fake news”.

“Não será órgão censório, mas que antes de mais nada veio para proteger a democracia”, afirmou o ministro.

Até agora, foram convidados para participar do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações.

Em um segundo momento, as plataformas também serão convidadas a colaborar. Os integrantes vão trocar informações para agilizar a remoção dos conteúdos vedados e aprimorar a atuação preventiva.

No final de fevereiro, o Tribunal aprovou regras que proíbem o uso de deepfake (técnica de inteligência artificial usada para gerar ou manipular imagens e sons) e abrem a possibilidade de punição das plataformas que não realizarem a remoção imediata de conteúdos em casos de risco, como publicações que atacam as eleições e a democracia, que disseminam discursos de ódio e deepfakes.

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