Em uma eleição marcada pela batalha pelo eleitorado religioso, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira (22) que a esquerda petista “repete a tentativa de manipular a religiosidade do povo”. Ciro tentou se afastar das estratégias de seus adversários (Lula e Bolsonaro) para capturar esse público, apesar de também estar acenando para os eleitores cristãos desde as últimas semanas.
— Não faz justiça a mim dizer que eu faço a mesma coisa que Lula e Bolsonaro, o que eu estou tentando é restaurar a virtude republicana de compreendermos que o papel do Estado é proteger a liberdade e a tolerância religiosa, na medida que a esquerda petista repete a prática de tentativa de manipular a religiosidade do povo, de forma corrupta, o fascismo já ganhou — disse Ciro, que é o terceiro colocado na disputa presidencial.
A declaração foi feita a jornalistas antes de uma agenda fechada do pedetista com empresários do Instituto Desenvolvimento do Varejo (IDV), na cidade de São Paulo. O grupo reúne grandes companhias do setor, como Magazine Luiza, Via e Americanas. O instituto é presidido por Jorge Gonçalves, da Telhanorte Tumelero.
O IDV convidou os candidatos mais bem colocados nas pesquisas para conversas com o setor, e já se reuniu com Simone Tebet (MDB). Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia aceitado o convite, mas não pode comparecer, enviando seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PDT), e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante (PT), em seu lugar.