Durante a apresentação de dados que mostram reação do setor automobilístico, que tem entre seus propulsores o estímulo gerado pelo auxílio emergencial, a direção da Anfavea, associação das montadoras de veículos, reivindicou o prometido pouso suave dos incentivos lançados pelo governo no enfrentamento da pandemia.
Após observar conforme reportagem do Estadão, que a recuperação econômica depende de uma transição suave, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes cobrou planejamento na retirada do auxilio emergencial, responsável por injetar R$ 322 bilhões na economia.
No momento, o governo segue sem definições sobre como vai financiar o Renda Cidadã, o programa social planejado para suceder o pagamento mensal feito a famílias vulneráveis na pandemia. Durante entrevista virtual à imprensa, Moraes disse ter confiança de que o governo vai encontrar uma saída sensata e com menos sequelas possíveis para acelerar a retomada econômica sem agravar o quadro do endividamento público, do que depende a estabilidade no mercado financeiro. Ele também defendeu que a solução não acarrete prejuízo à regra que estabelece um teto aos gastos públicos.
“Estamos nos preparando para a retomada imaginando que Brasília vai ter sensibilidade no debate sobre a dívida pública, esperando que a saída do auxílio emergencial seja planejada e que não haja dificuldades na questão de teto”, comentou Moraes.