“Esperamos não ter que chegar ao toque de recolher e ao lockdown. Vamos continuar mantendo a nossa estratégia. Mas, para isso, é preciso ter a compreensão da população”, afirmou o vice-prefeito Bruno Reis (DEM), ao ser questionado sobre a possibilidade de a Prefeitura adotar medidas mais restritivas de isolamento social, em entrevista ao PNotícias, na Piatã FM, na manhã desta quinta-feira (28). “Quem mais quer que a cidade retorne à rotina somos nós”, disse Bruno, ressaltando a importância das medidas adotadas com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas nas ruas e frear a propagação do coronavírus em Salvador.
De acordo com Bruno Reis, o esforço conjunto da Prefeitura e do governo estadual para ampliar a oferta de leitos tem conseguido prorrogar o colapso na rede pública de saúde. Os dados mais atualizados, segundo o vice-prefeito, apontam para uma taxa de ocupação de 76%, nos leitos de UTI, e 66%, nos de enfermaria. “Já a rede privada fechou na casa de 80%. Estamos bem próximos de um colapso. O que deu uma sobrevida para a gente esta semana foram as novas UTIs, que abrimos no Sagrada Família. O governo do estado ampliou os leitos de UTI no Hospital Espanhol e no Eládio Lassére”, pontuou.
O vice-prefeito também falou que a administração municipal vem se reunindo com representantes de diversos segmentos econômicos para debater os protocolos de segurança, que deverão ser seguidos no processo de retomada gradual das atividades comerciais. “Nós iniciamos essas discussões e esperamos que, se tudo funcionar bem até domingo, ainda mais com essas medidas que adotamos ao longo desta semana, a gente possa, no início de junho, começar a flexibilizar e ir tentando retomar a rotina da cidade”, assinalou Bruno Reis.