Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) escolheram nesta sexta-feira (8) a economista espanhola Nadia Calviño para presidir o Banco Europeu de Investimento (BEI), uma peça fundamental no financiamento das políticas do bloco.
“Chegamos a um consenso sobre a candidatura de Nadia Calviño à presidência do BEI. Tenho certeza de que Nadia será uma presidente muito boa”, anunciou o ministro belga, Vincent Van Peteghem, que exerce a presidência rotativa do banco.
Calviño, ministra espanhola da Economia e vice-presidenta do governo, substituirá o alemão Werner Hoyer uma vez que receba o voto formal do Diretoria do Banco.
“Me sinto agradecida e honrada de contar com o apoio de mais colegas ministros das Finanças para estar à frente do Banco Europeu de Investimento”, disse Calviño em uma breve declaração à imprensa.
A funcionária espanhola destacou que o BEI “é o maior banco público de desenvolvimento do mundo e uma instituição fundamental para a economia europeia, que terá um papel ainda mais importante no futuro”.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, comemorou a eleição da economista na rede X (antigo Twitter) e destacou que é “um reconhecimento de sua extraordinária carreira, rigor e liderança da política econômica do nosso país”.
A outra grande candidata ao cargo, a comissária licenciada europeia de Concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager, retirou sua candidatura no último momento, o que abriu caminho ao anúncio do apoio a Calviño.
Além da vice-presidente do governo e Vestager, concorriam ao cargo o ex-ministro italiano de Finanças Daniele Franco; a ex-ministra das Finanças polonesa Teresa Czerwinska, e o sueco Thomas Ostros, atual vice-presidente do BEI.
Esta instituição financeira criada em 1958 possui classificação financeira AAA, uma garantia de solidez que lhe permite contrair empréstimos a taxas de juros muito baixas. Além disso, desempenha um papel essencial no financiamento da transição verde — que se tornou uma prioridade para a União Europeia —, no desenvolvimento internacional e, ainda, no apoio financeiro à reconstrução da Ucrânia.