A escolha dos ministros que irão compor o 3º governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de 1º de janeiro de 2023, já tem feito a economia reagir de forma negativa, segundo o jornalista e especialista em estratégia política, Janiel Kempers, o principal motivo é a escolha política e não técnica, feita pela cúpula do Partido dos Trabalhadores, além da desgastada imagem do PT, na condução do país.
“O que temos visto nas últimas semanas, é uma pressão do PT à Lula para que os principais cargos do executivo nacional estejam sob o controle da sigla. Isso faz com que a principal estratégia de campanha, que seria uma frente de governo mais plural, não saia do discurso”, pontua.
Como resposta ao anúncio dos primeiros nomes do novo governo, o mercado financeiro já sinalizou a insatisfação da indicação de Fernando Haddad, candidato derrotado ao governo de São Paulo e ex-ministro da educação em gestões do PT, ao cargo de ministro da Fazenda, que deve ser o principal responsável pela reestruturação econômica e fiscal do país.
Para Janiel Kempers, os escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores ao longo de gestões anteriores, é o maior peso na balança política do novo governo.
“ Nós temos um peso político muito grande nessa escolha, principalmente quando nos voltamos para as gestões anteriores do PT, marcadas por escândalos e mais escândalos. Isso gera desconfiança no mercado, fazendo com que um efeito dominó afete todo o ciclo econômico e social”, afirma.