O Ministério da Saúde informou nesta última sexta-feira (17) que 374 infecções foram confirmadas entre as equipes médicas, de um total de 2.669 no país. Também correspondem a três dos 122 óbitos.
“Cadeias de transmissão foram observadas em diferentes instituições (médicas) e isso tem como explicação o fato de que as equipes trabalham em mais de um hospital”, disse a vice-ministra, Carla Vizzotti.
“A principal via de transmissão é horizontal, entre os integrantes, e não a partir dos pacientes”, acrescentou.
As mortes dos trabalhadores foram registradas nas províncias de La Rioja, Chaco e Río Negro.
O contágio entre os os que estão na linha de frente motivou protestos em hospitais, como em Belgrano, na periferia de Buenos Aires, onde 18 trabalhadores testaram positivo.
Os profissionais chegaram a pedir às autoridades que testassem todas as equipes e fornecessem equipamentos de proteção individual.
“Nos disseram que a fase da epidemia não exigia tais medidas e o resultado foi esse”, denunciou Orlando Restivo, neonatologista e líder sindical em uma assembleia nos portões do Hospital Belgrano nesta sexta-feira.
“Se não tivermos os equipamentos necessários para circular no hospital, não vamos trabalhar. Eles preferem não gastar os poucos suprimentos que adquirem”, disse Federico Lescano, técnico de laboratório e também líder do sindicato.
A Argentina está em isolamento obrigatório desde 20 de março. Embora a quarentena dure pelo menos até 26 de abril, as autoridades estão avaliando a flexibilização de algumas restrições.