A equipe econômica é contra a proposta alternativa apresentada por senadores de excluir do teto de gastos o pagamento de precatórios. Segundo auxiliares de Paulo Guedes, essa sugestão representaria uma flexibilização ainda maior nas regras fiscais e acabaria com o que resta da credibilidade do governo.
O ministro da Economia e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, se reuniram nesta quinta-feira (18) para tratar do assunto, fora da agenda pública, informa O Antagonista.
Sobre a proposta de extinguir o orçamento o secreto, Guedes e os auxiliares não emitiram opinião. Segundo técnicos ouvidos reservadamente, as emendas parlamentares são um assunto do Congresso e os legisladores têm autonomia para tratar do assunto.
Como contraproposta, Bezerra apresentou a Guedes a sugestão de retirar do teto de gastos os precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O parlamentar espera, com essa medida, agradar os parlamentares do MDB e do PSD, as duas maiores bancadas do Senado. Nas contas de Bezerra e da equipe econômica, a proposta teria hoje 49 votos favoráveis e 30 votos contrários. Para uma PEC ser aprovada são necessários, no mínimo, 49 votos.
O parlamentar também quer incluir na proposta o Auxílio Brasil como um programa permanente e vincular o espaço fiscal aberto com a PEC ao pagamento de um benefício com valor de R$ 400.