A pandemia do coronavírus se espalhou pelo mundo e nas últimas semanas vem fazendo inúmeras vítimas e assustando a população de muitos países. A China, Itália, Espanha e Estados Unidos, que concentram a grande maioria do número de infectados e mortos, estão se vendo na obrigação de reestruturar seus sistemas de saúde para atender o grande número de pacientes que chegam a cada dia nos hospitais com sintomas da doença.
(As imagens abaixo, divulgadas pela jornalista Mavila Huertas, podem chocar alguns leitores)
Guayaquil , Ecuador . Cadáveres en las calles que no hay quien recoja. Quédense en casa. pic.twitter.com/S2KjGxFlsN
— Mavila Huertas C (@MavilaHuertasC) March 30, 2020
No Equador, a situação se ficou caótica e nos últimos dias os corpos dos mortos pelo coronavírus acabaram se espalhando pelas ruas de cidades. Sem sistema de saúde que suporte a demanda de atendimentos, muitos pacientes estão sem apoio médico e morrendo por complicações ocasionadas pela doença.
Na cidade de Guayaquil, muitas pessoas começaram a testemunhar que tiveram que colocar os corpos de vítimas nas ruas, uma vez que o governo não tem a possibilidade de buscar os cadáveres nas casas dos familiares. Por toda a cidade é possível ver falecidos caídos, até mesmo na porta de hospitais.
Segundo dados oficiais, somente na província de Guayas, onde Guayaquil está localizada, o novo coronavírus já fez mais 60 mortos e 1.937 infectados. Até o momento mais de 100 pessoas morreram no Equador, onde há quase 4 mil pessoas infectadas com a doença.
As imagens começaram a dominar as redes sociais nesta quarta-feira (1), e as imagens acabaram chocando os internautas pela quantidade de mortos pelas ruas. No Twitter, a tag #EcuadorEnEmergencia dominou a plataforma e vídeos chocantes começaram a serem compartilhados.
O presidente do país, Lenín Moreno, chegou a minimizar a situação e passou a ser criticado pelos familiares das vítimas, que acusam o governo de descaso. No entanto, de acordo com a imprensa equatoriana, após a repercussão internacional do caso, o comandante da Força Nacional do país, Darwin Jarrín, que é responsável pelo Exército e polícia da cidade de Guayas, informou que até esta quinta-feira (2), todos os corpos serão retirados das ruas e serão enterrados.