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Wellington Dias (PT-PI) vai assumir ministério do Desenvolvimento Social  Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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quinta-feira 3 de agosto de 2023 às 06:59h

Entrevista: Lula é quem decide sobre o ministério, mas ele não quer a volta do que deu errado, diz Wellington Dias

NOTÍCIAS, POLÍTICA


À frente da pasta mais cobiçada pelo Centrão na reforma ministerial, a do Desenvolvimento Social, o petista Wellington Dias critica em entrevista a  Jeniffer Gularte, do O Globo, sobre a possibilidade de um integrante do bloco de partidos assumir o seu lugar e afirma que não é “razoável” levar o Bolsa Família para outra estrutura. Sob pressão, o ex-governador do Piauí pontua que cabe ao presidente Lula decidir sobre sua permanência, reconhece que já ouviu reclamações do chefe sobre sua atuação, mas se diz “entusiasmado” com a tarefa que exerce.

O senhor é aliado antigo do presidente Lula, que teve a maior votação proporcional em 2022 no Piauí, mas o seu cargo está sendo cobiçado. A presença no governo está em risco?

A votação de Lula no Piauí tem a ver com reconhecimento do próprio trabalho do presidente, integrado com governos estaduais. Não temos o direito de cobrar nada em troca: fizemos por gratidão e faremos de novo. Quando ele compõe um governo, quer a presença de líderes de vários partidos, porque isso significa dividir responsabilidade. Conheço bem o presidente. Ele não abre mão do projeto que desenhou para o país. Vai organizar a base e ter a participação de líderes dos partidos que aceitaram vir. Mas é ele quem vai decidir.

Na gestão de Jair Bolsonaro, o Desenvolvimento Social era comandado pelo Republicanos. O atual governo diz que houve desmonte de políticas públicas. Caso o ministério volte para o Centrão, seja com PP ou Republicanos, há ameaça para área social?

O presidente foi eleito com minoria, principalmente na Câmara. É importante ter uma base mais confortável. Sou defensor disso, mais do que ninguém, até pela experiência que vivi como governador. O presidente está correto em garantir uma base que dê estabilidade ao país e condições de avançar, quando precisar alterar legislação. É preciso dialogar com os partidos. Todos sabemos que tem uma parte dos parlamentares, pela conjuntura dos seus estados, que não tem dificuldade de compor a base do governo, mas outros têm. Lula quem diz o que pode oferecer. O que posso dizer é que nem o presidente nem o Brasil certamente querem de volta o que deu errado. Não foi só mudança de nome de Bolsa Família para Auxílio Brasil: saiu a integração com municípios e estados, tudo se desmontou.

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