O Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, abordou temas relevantes envolvendo a instituição em entrevista concedida à “Revista Da Cultura”, na sua mais recente edição. Na publicação, da Fundação Cultural Exército Brasileiro (FUNCEB), o General Tomás destaca aspectos estratégicos, operacionais e doutrinários, em um panorama amplo sobre a conjuntura atual do Exército.
Inicialmente, o Comandante da Força falou sobre a concepção estratégica do Exército, que adota a Estratégia da Presença, caracterizada pela presença militar em todo o território nacional e suas extensões. “A estratégia é efetivada não só pela criteriosa articulação das organizações militares em todos os estados da Federação, como, também, pela possibilidade de rápido deslocamento para qualquer região do País, proporcionada pela capacidade de mobilidade estratégica da Força Terrestre, em especial das Forças de Emprego Estratégico”, pontuou.
O General Tomás comentou a respeito do trabalho desenvolvido no sentido de manter em equilíbrio as premissas de racionalizar os recursos recebidos e de aumentar a operacionalidade do Exército. “O aumento das capacidades operacionais é constantemente perseguido pelo reequipamento das forças, pela modernização da infraestrutura e pelo fortalecimento da nossa capacidade de dissuasão. O alinhamento com o planejamento estratégico de longo prazo e a respectiva previsão de recursos orçamentários são essenciais para assegurar a prontidão logística, operacional e tecnológica da Força Terrestre. Esse alinhamento estratégico nos permite antecipar necessidades futuras, planejar a aquisição de novas capacidades e gerir de forma proativa os desafios que possam surgir, garantindo que o Exército Brasileiro continue a cumprir com excelência sua missão de defender a nação’.
Sobre as áreas de interesse da Força, o Comandante lembrou que sua Diretriz de Comando estabelece a Amazônia, a faixa de fronteira terrestre e o litoral como pontos prioritários. A respeito da Amazônia, em particular, ele destaca que Programas Estratégicos do Exército como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e o voltado para a Aviação têm se articulado no sentido de colaborar para a defesa daquela região. “Esses e outros programas do Portfólio Estratégico do Exército atuam, sinergicamente, aprimorando e ampliando as capacidades militares terrestres com vistas à defesa e à manutenção da soberania brasileira na Amazônia”.
Na entrevista, além de explorar aspectos sobre a elaboração, o desenvolvimento e a atualização da Doutrina Militar Terrestre, o General Tomás salientou a importância do aprimoramento da prontidão do Exército, objetivo permanente do Comando. “A materialização da capacidade de pronta resposta da Força Terrestre mostrou-se evidente nas ações de apoio à Defesa Civil no Rio Grande do Sul, em face da situação de calamidade causada pelas chuvas. A Força Terrestre teve a capacidade de mobilizar e desdobrar a tropa, contabilizando mais de 10.000 militares, além de 9 aeronaves de asa rotativa, mais de 500 viaturas, 70 embarcações, mais de 50 equipamentos de engenharia e três Hospitais de Campanha”, enumerou.
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