Dados do Sindicato Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura colocam o principal programa de investimentos do governo Lula em alerta. Segundo a entidade revelou na coluna Radar, o número de profissionais especializados atuando no PAC no governo — que fazem estudos de viabilidade econômica e de modulação financeira dos grandes projetos, por exemplo — vem diminuindo, com a fuga dessa mão de obra para a iniciativa privada. A desvalorização da carreira, segundo a entidade, é o principal fator para a debandada, informa o colunista Robson Bonin.
Somados os últimos três concursos dessa categoria, de cada 100 convocados, 41 rejeitam a função. Segundo o sindicato, 26% dos trabalhadores que assumiram funções no governo já abandonaram o cargo. Atualmente, a categoria retornou ao efetivo de 2010, mesmo tendo realizado concurso em 2012 para ampliar o pessoal.
“Esses números são um reflexo da atual situação da categoria de Infraestrutura. Mesmo tendo papel central para o desenvolvimento do país, estando presente em todas as grandes obras nacionais, os analistas e especialistas sofrem com uma defasagem salarial de 40% e nem ao menos foram inseridos na Mesa de Negociação do governo”, diz a presidente do sindicato, Valesk Rebouças.