Neste domingo, Paulo Renato Cortelini (MDB) foi eleito prefeito de São Francisco de Assis, cidade no interior do Rio Grande do Sul, pouco menos de dois meses após ter tido o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O político foi destituído do cargo em março após condenação por abuso de poder econômico por denúncia de compra de votos nas eleições de 2020.
Durante o julgamento no TSE, Paulo Renato Cortelini, conhecido como “Gambá”, teve o diploma cassado. Os ministros da Corte eleitoral entenderam que toda a discussão envolvendo compra de votos se deu entre o seu vice, Jeremias Izaguirre de Oliveira (PDT), e o presidente da Câmara da cidade, Vasco Henrique Asambuja de Carvalho (MDB).
O Ministério Público Eleitoral apontou que o candidato a vereador Vasco Carvalho negociou a entrega de cestas básicas a pedido da dupla. Os procuradores identificaram que os políticos prometeram manutenções no município em troca de votos.
No entanto, a cassação de Cortelini ocorreu por integrar a chapa de Oliveira, acusado de ter pago propina a empresários e custeio de combustível a eleitores em troca de votos no pleito de 2020. Por isso, ele não ficou inelegível. Já Oliveira teve o diploma cassado e foi declarado inelegível por oito anos.
À época, Cortelini informou que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Já Oliveira afirmou que houve armação e que iria recorrer da decisão do TSE.
Por ter mantido o direito a ser eleito, o então ex-prefeito voltou ao pleito neste domingo e conseguiu ser conduzido novamente ao Executivo municipal. Ele obteve 53,22% dos votos nas eleições suplementares contra os 46,8% dos votos recebidos por seu principal adversário, Ademar Frescura (PP).