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Em meio a disputas internas, os filiados do PSDB terão que escolher quem comandará a sigla a partir de novembro. A temperatura está elevada no ninho tucano.
O atual presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sofre resistência de algumas alas, especialmente do PSDB paulista. O presidente do diretório municipal de São Paulo, Fernando Alfredo, rechaça a continuidade de Leite no posto.
“O presidente Eduardo Leite tem se mostrado um líder ineficaz na reconstrução do partido neste momento. Além disso, outros nomes têm aflorado. O PSDB precisa de um líder que desponte na liderança e que leve o partido novamente a ser vitorioso e cumprir os acordos nas eleições de 2024”, comentou.
O desconforto interno se acentuou ainda mais após a intervenção de Eduardo Leite, que decidiu suspender a convenção estadual do partido em São Paulo. O governador entende que o diretório paulista está fragilizado. “O PSDB [de São Paulo] elegeu na última eleição a menor bancada da sua história. Tem também uma série de desfiliações acontecendo, sem capacidade de resposta da atual executiva para manter os filiados no Estado de São Paulo, que é um diretório que sempre foi o mais forte historicamente e está bastante fragilizado. Então foi nessas condições que ouve o entendimento de não realizar a convenção”, explicou Leite.
O presidente estadual do PSDB de São Paulo, Marco Vinholi, rebateu a declaração de Leite dizendo que o núcleo paulista está fortalecido. “O mais votado do país foi o ex-governador Rodrigo Garcia, que está em São Paulo. Dentro desse contexto, entendo a relevância do PSDB de São Paulo no processo do PSDB do Brasil”. Um manifesto contrário ao cancelamento da convenção estadual do PSDB de São Paulo conta com assinaturas de aproximadamente 700 tucanos. Entre elas está a do líder da legenda no Senado, Izalci Lucas. Agora, os holofotes se voltam para a escolha de quem ficará a frente do partido em âmbito nacional. Existem alas que defendem a permanência de Leite.
