Embora a militância petista faça coro público em defesa da prisão de Jair Bolsonaro (PL), parte considerável dos auxiliares e aliados de Lula são contra conforme a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, a detenção do ex-presidente da República agora.
A posição está baseada no cálculo político de que a eventual prisão de Bolsonaro poderia favorecer o ex-chefe do Palácio do Planalto eleitoralmente, ao ajudá-lo a construir a imagem de “mártir”.
A avaliação desses petistas é de que o melhor cenário para Lula no momento seria a Justiça Eleitoral tornar Bolsonaro inelegível, sem que a Justiça comum mande prender o ex-mandatário.
Em conversas reservadas, aliados de Lula admitem que a prisão do petista o ajudou eleitoralmente, ao contribuir para reforçar o discurso de que ele era alvo de perseguição política.
No caso de Lula, porém, ele só conseguiu se beneficiar eleitoralmente pela prisão após ter conseguido anular suas condenações da Lava Jato, o que o permitiu disputar as eleições em 2022.
Na sexta-feira (13/1), o ministro do STF Alexandre de Moraes acolheu um pedido da PGR e incluiu Bolsonaro no inquérito que investiga a autoria intelectual doas invasões terroristas de 8 de janeiro.
A decisão de Moraes foi motivada pelo fato de Bolsonaro ter compartilhado, na semana passada, um vídeo no qual sugeriu que a eleição de Lula foi fraudada pelo TSE e pelo STF.