Com o desempenho brilhante que levou à vitória da Seleção Brasileira por 2 a 0 sobre a Sérvia na estreia da Copa do Mundo no Catar, na quinta-feira (24), o atacante Richarlison se tornou foco de atenção dos internautas, que resgataram curiosidades sobre ele nas redes sociais. Mas conforme o jornal Correio Braziliense, uma delas chamou a atenção: um processo judicial que envolve uma mansão de R$ 10 milhões e tem o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como testemunha.
O processo é, na verdade, uma batalha judicial que entrou em processo de arquivamento definitivo em outubro. De acordo com a Folha de S. Paulo, Richarlison comprou uma mansão na Ilha Comprida (RJ), próximo à Angra dos Reis, em 2020, negociação que foi contestada por uma imobiliária cujo sócio é amigo de Flávio Bolsonaro.
O local, inclusive, foi apresentado ao homem pelo próprio senador, que conheceu o local no mesmo ano que Richarlison. No local, Flávio foi informado de que a mansão já estava em processo de venda pelo atacante e quis saber se era possível reverter o negócio.
Cinco meses depois da primeira visita, o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao local, já com a venda concluída para Richarlison, com o amigo, Willer Tomaz, e pediu ao antigo dono para mostrar o local. O ex-proprietário repetiu a informação de que a mansão já havia sido vendida para o atleta e o empresário dele.
Depois de dois anos, a mansão já havia passado por melhorias financiadas por Richarlison e a esposa do empresário dele morava no local. Grávida, a mulher foi surpreendida em maio de 2022 por um oficial de Justiça acompanhado por policiais com a informação de que o local passaria por uma reintegração de posse.
A ação foi autorizada por uma ordem judicial movida pela M Locadora, uma imobiliária que comprou a posse do imóvel do dono anterior ao último, quando esse morreu em 1986. No entanto, a informação é que o imóvel havia sido revendido em 2002, fato contestado pela locadora. O advogado da M Locadora é sócio de Willer Tomaz, amigo de Flávio que conheceu o imóvel com o senador em 2020 e teve a solicitação de compra negada.
Desde maio, o processo judicial é movido com diversas liminares dos advogados de ambas as partes, com registros de documentos de compra, venda e depósitos. Atualmente, o imóvel está isolado e vigiado por seguranças. De acordo com a Folha, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não soube dizer com quem está a mansão e quem ganhou a disputa judicial.