O encarecimento da energia elétrica pressionou os gastos das famílias brasileiras com habitação em outubro. O grupo Habitação passou de um aumento de 1,55% em setembro para um avanço de 1,87% em outubro, o que resultou numa contribuição de 0,30 ponto porcentual para a taxa de inflação de 1,20% registrada neste mês pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A energia elétrica subiu 3,91% em outubro, sendo o item de maior impacto individual na inflação do mês, de 0,19 ponto porcentual.
Em outubro, permanece em vigor a bandeira tarifária de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na cobrança da conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
O IBGE explica que durante o período de referência do IPCA-15 vigorou tanto a bandeira de escassez hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Ou seja, o resultado não assimila integralmente o impacto do acionamento da bandeira de escassez hídrica sobre as contas de luz.
Ainda em Habitação, o gás de botijão ficou 3,80% mais caro em outubro, o 17º mês consecutivo de aumentos. O gás de botijão já acumula uma alta de 31,65% apenas no ano de 2021.