A geração de energia a partir do bagaço da cana de açúcar cresceu segundo Robson Rodrigues, do Globo Rural, 28,7% de janeiro a abril de 2023 em relação a igual período em 2022, totalizando mais de 1,8 milhão de megawatt-hora (MWh), segundo informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
O montante é equivalente ao consumo anual de energia elétrica de quase 3 milhões de pessoas ou a 8% da geração térmica a gás no país em 2022.
A fonte biomassa em geral totaliza 17 MW de potência na matriz elétrica brasileira, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e representa 8,8% da capacidade instalada na matriz elétrica do Brasil, ocupando a 4ª posição, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.
O gerente de bioeletricidade da entidade, Zilmar José de Souza, explica que é um aumento bastante considerável, especialmente se levarmos em conta que nesse período o Brasil estava praticamente na entressafra da cana.
“Especificamente no mês de abril, crescemos 20%, um mês de safra cheia na região Centro-Sul. Está se avizinhando que teremos uma boa safra em 2023”, diz.
Souza frisa que, com o início oficial da safra sucroenergética na região Centro-Sul em abril, a bioeletricidade para a rede, envolvendo todas as biomassas, representou 3,7% da geração total no país naquele mês, ocupando a terceira posição em termos de representatividade. Esse percentual supera a geração fotovoltaica e a geração térmica a gás.
Já em maio, representou 6,2% da geração total no país. No acumulado de janeiro a maio, o indicador da bioeletricidade em geral foi de 3% na geração total no país.