Durante pouco mais de uma hora, Roberto Campos Neto e Fernando Haddad estiveram com o presidente Lula no Planalto. Na saída do encontro, o ministro da Fazenda falou brevemente com a imprensa, sem dar muitos detalhes sobre o que conversaram com o presidente.
O que está certo é que novas reuniões vão acontecer, fortalecendo as relações institucionais entre governo e Banco Central.
Até pelo histórico de ataques e críticas duríssimas, não só do presidente da República, mas de seus ministros e aliados políticos ao chefe do BC.
Ao descerem juntos pelo elevador do Planalto, Haddad e Campos Neto trocaram meia dúzia de palavras, segundo pessoas que acompanharam a saída do gabinete presidencial.
“Reunião boa, não Roberto?”, disse o ministro da Fazenda. “Muito, excelente”, respondeu o banqueiro central. Se despediram na garagem e Haddad foi falar com a imprensa que aguardava alguma declaração sobre o encontro.
“Reunião foi muito boa, muito produtiva, muito cordial. [Lula nos] recebeu bem, a conversa transcorreu muito bem. Eu penso que foi um encontro assim, institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas. Foi excelente”, declarou Fernando Haddad aos jornalistas.
A partir de agora começa uma leitura sobre os efeitos da reunião. Um sinal importante será o comportamento de governistas, incluindo ministros e parlamentares, com Roberto Campos Neto.
Um primeiro movimento esperado, e considerado importante, é que as conversas entre BC e governo se ampliem para ministros palacianos, que se mantiveram distantes até agora.