Valores divulgados variam de R$ 799,9 milhões a R$ 1,7 bilhão. Comissão de licitação do TSE vai analisar documentos; primeiro turno está marcado para 4 de outubro
A Comissão de Licitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, nesta sexta-feira (28), as propostas das duas empresas que concorrem para fornecer novas urnas eletrônicas. Os equipamentos devem ser usados nas eleições municipais deste ano.
A empresa Smartmatic, que compõe o consórcio SMTT conforme publicou o G1, ofereceu duas propostas: uma por R$ 1,57 bilhão e outra por R$ 1,72 bilhão. Já a Positivo apresentou uma primeira proposta de R$ 899,4 milhões e uma segunda por R$ 799,9 milhões.
A estimativa inicial do TSE era de R$ 696,5 milhões para o novo lote de urnas eletrônicas, mas esse valor considerava uma cotação do dólar de R$ 3,85. Nesta quinta (27), a moeda fechou o dia a R$ 4,47.
Agora, caberá à Comissão Permanente de Licitação do tribunal avaliar os valores apresentados. Quando a comissão anunciar a vencedora, serão abertos prazos para recursos das empresas. Depois disso, será aberto prazo para os ministros avaliarem as propostas.
O primeiro turno das eleições 2020 está marcado para 4 de outubro, e o segundo, para 25 de outubro.
Licitação
O edital da licitação para novas urnas eletrônicas foi publicado em julho do ano passado e, segundo o TSE, deve resultar na compra de aproximadamente 100 mil urnas – o documento prevê um máximo de 180 mil dispositivos. Além desses equipamentos, cerca de 470 mil urnas já estão disponíveis para as eleições 2020.
As novas urnas devem substituir os modelos 2006 e 2008, que somam 83 mil equipamentos e já ultrapassaram o tempo previsto de uso de dez anos. Outro motivo da compra é o aumento do eleitorado para as próximas eleições – o que deve acrescentar cerca de 20 mil seções eleitorais ao pleito.
Segundo o TSE, a urna eletrônica modelo 2020 terá um novo design para permitir que o eleitor tenha funcionalidades de ergonomia. A tela e o teclado serão “integrados” em uma única visão, o que deve agilizar a votação.