Empresários apresentam a Guedes nova entidade pró-reformas, com sede em Brasília

Um pequeno grupo de empresários se reuniu na capital paulista nesta terça-feira (25) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para apresentar o Instituto Unidos Pelo Brasil. A nova entidade, segundo os empresários, reunirá membros da iniciativa privada e do Congresso em prol de uma agenda de reformas. A ideia seria melhorar o ambiente de negócios no País.

A instituição será conforme o Estadão lançada oficialmente no mês que vem, durante cerimônia oficial de inauguração da sede, em Brasília. As principais bandeiras são as reformas administrativa e tributária, a flexibilização da legislação trabalhista e as privatizações de estatais.

“Sem defender governos, nem ideologias, queremos trabalhar para crescer, gerar empregos e mudar o Brasil para melhor”, afirmou o presidente do Instituto Unidos Pelo Brasil, Nabil Sahyon. O executivo também preside a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e tem sido uma voz crítica ao fechamento do comércio durante a pandemia.

O almoço teve como convidados Rubens Menin (MRV/Inter), Flavio Rocha (Riachuelo), Thiago Alonso (JHSF), Urubatan Helou (Bras Press) e Marly Parra (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).

© Marly Parra/ Reprodução Paulo Guedes, ministro da Economia, em almoço com empresários no dia 25 de maio de 2021

A nova organização reúne em torno de 220 parlamentares e 250 empresários, e a ideia é chegar a 1.000 membros até o fim do ano, disse Sahyon. A instituição teve o registro em cartório em agosto do ano passado, mas vinha sendo trabalhada discretamente. O lançamento oficial no mês que vem será um “grande evento”, com convites para os chefes dos três poderes.

Apesar de a agenda do instituto ser marcada por pautas tipicamente defendidas por partidos de direita, como as privatizações, Sahyon afirmou que a linha será apartidária. Segundo ele, os convites para participação têm sido enviados a todos os partidos, sem exceção.

“Não temos inclinação para direita nem para a esquerda”, frisou. O executivo admitiu que podem surgir divergências em torno da agenda, mas avaliou que o debate é natural e saudável.

Sahyon enfatizou que os empresários estão preocupados com o empobrecimento da população, iniciado nas últimas crises econômicas e agravado pela pandemia. “Queremos gerar empregos. É isso que combate a desigualdade social. Com 15, 20 ou 30 milhões de empregos, vamos girar a economia, gerar impostos e recursos para sustentar os programas sociais”, afirmou.

O presidente do Instituto Unidos Pelo Brasil afirmou ainda que vai tecer críticas e elogios aos governos sempre que considerar pertinente. E defendeu ainda que haja união dos brasileiros. “Precisamos ter muita tranquilidade para conseguirmos um processo democrático no ano que vem. Ganhe quem ganhar, vamos torcer para que todos os eleitos pelo povo tenham condições (de governar) e que todos os apoiem. Nosso compromisso é vestir a camisa do Brasil.”

Sahyon disse que Paulo Guedes ficou contente ao conhecer a articulação em prol das reformas. O executivo contou que o ministro deu uma palavra de compromisso com as reformas administrativa e tributária, bem como a sinalização de que vai trabalhar para que nenhum setor produtivo seja onerado com essas mudanças.