A informação foi confirmada pela PF na sexta-feira (24). O empresário preso por suspeita de comprar imagens de pornografia infantil, fingia ser policial federal (PF).
De acordo com as investigações, o homem exibia o símbolo da corporação no perfil de uma rede social. A PF alegou não ter mais detalhes pois o caso é tramitado pela Polícia Civil.
Ele passou por audiência de custódia na quinta-feira (23) e a Justiça decidiu manter a prisão. O investigado foi preso durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Dercca).
Além do armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, o suspeito também responderá pelo crime de estupro de vulnerável por meio virtual. Os crimes foram cometidos entre os estados da Bahia e o Paraná.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em fevereiro deste ano, quando a vítima, de 13 anos, foi estuprada, e as imagens do crime foram registradas e transmitidas pela mãe – que participou do abuso sexual e vendeu as imagens. Ela também foi presa.
Em entrevista a TV Bahia, o advogado do empresário, Josias Oliveira, falou sobre o caso.
“Não há confissão. A defesa vai trabalhar, como eu disse anteriormente, vai trabalhar de forma célere, buscando a elucidação, ja que é uma acusação conjunta do estado do Paraná e do estado da Bahia, e de certa forma, provar e esclarecer já que foi um fato notório tanto na Bahia quanto no Brasil. Os altos no processo vocês podem acompanhar”, disse a vítima.
“A mãe explorava sexualmente, inclusive praticando estupro contra a filha, e, mediante pagamento, exibia as imagens contracenando em cenas de sexo com a vítima. Ela está presa e, a partir desta prisão, estamos cumprindo o mandado hoje”, afirmou a delegada.
Com o material apreendido, a Dercca vai analisar se existem outros coautores dos crimes de pornografia infantil em Salvador, outras regiões da Bahia e estados. Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).