O empresário Celso Silveira Mello Filho, de 73 anos, morto na queda do seu avião, nesta terça-feira (14) em Piracicaba, interior de São Paulo, teve participação relevante no agronegócio brasileiro, mas também se dedicou a outras atividades. No setor esportivo, Celso foi presidente do Esporte Clube XV de Piracicaba, time de sua terra natal. Segundo informações, a fortuna de sua família pode chegar a quase R$ 10 bilhões.
O clube publicou nota lamentando seu falecimento e das demais vítimas do acidente. Na área educacional, o empresário fundou e dirigiu a Faculdade de Ensino Superior da Amazônia, em Redenção, sul do Pará.
Celso era presidente da CSM Agropecuária, no Pará, e tinha participação em empresas dos Estados de São Paulo, Paraná e Tocantins, entre elas a Vale Bonito Agropecuária. Seus negócios envolviam criação de gado e cultivo de grãos.
Foi no setor sucroalcooleiro que o economista Celso Mello mais se destacou, participando da coordenação geral de projetos na Usina Costa Pinto, matriz do grupo Cosan e da Raízen, seu braço energético.
Mello atuou principalmente para aumentar a capacidade de produção de álcool nas usinas. Ele é irmão do presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello que foi apontado pela revista Forbes entre os dez bilionários mais “verdes” do mundo, em 2013, pela produção de energia limpa.
Conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Celso Silveira “teve importante contribuição para o desenvolvimento do setor sucroenergético brasileiro”.
Além do empresário, morreram sua mulher Maria Luiza Meneghel, de 71 anos; a filha Camila Meneghel Silveira Mello Zanforlin, de 48; e os filhos gêmeos Celso Meneghel Silveira Mello e Fernando Meneghel Silveira Mello, de 46 anos. O acidente também causou a morte do piloto Celso Elias Carloni, de 39 anos, e do copiloto Giovani Dedini Gulo, de 24.
Um dos filhos do empresário, Fernando, era atleta de tiro esportivo. Ele foi campeão sul-americano e chegou a representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, na categoria fossa olímpica. O outro filho, Celso, era piloto de autocross desde a adolescência e foi tricampeão brasileiro na modalidade (2011, 2012 e 2017). O pai também praticava o autocross.