Uma das sete corporações baianas listadas na Bolsa de Valores, a operadora de petróleo e gás PetroReconcavo, que explora campos terrestres (onshore), pretende ser o maior produtor de gás do Nordeste. Quem afirma é Marcelo Campos Magalhães, CEO da empresa que pretende ampliar a participação em todos os estados da Região Nordeste e em alguns estados da Região Norte.
Apesar das ações da companhia, que teve a Oferta Pública Inicial (IPO) em maio deste ano, apresentarem desvalorização acumulada em 9,10% desde a listagem, no segundo trimestre deste ano, a empresa acumulou um lucro líquido de R$ 94,5 milhões, enquanto no mesmo período de 2020, foi registrado um prejuízo de R$ 15,1 milhões. E a produção diária bruta de barris de óleo registrou um aumento de 11,3%, chegando a mais de 12 mil no segundo trimestre de 2021.
A PetroReconcavo é responsável pela operação do Polo Remanso, na bacia do Reconcavo, no estado da Bahia, por meio de um contrato de produção incremental com a Petrobras e em dezembro de 2020 a empresa comprou 100% da participação da estatal nos 12 campos terrestres que constituem o Polo. O valor da aquisição é calculado em US$ 30 milhões.
A PetroReconcâvo adquiriu também no ano passado o Polo de Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte, e venceu a chamada pública para fornecimento de 236 mil metros cúbicos diários para a Potigás. A empresa quer ampliar a participação em todos os estados da Região Nordeste e em alguns estados da Região Norte.
Em relação à instabilidade política e risco fiscal, Magalhães afirma que os produtos são cotados em dólar e que novo mercado de gás promete muitas expectativas de crescimento, a exemplor da interiorização do gás, além de ampliação para automóveis, especialmente aqueles utilizados por motoristas de aplicativos, que conseguem uma economia em até 60% quando mudam o combustível flex para GNV [Gás Natural Veicular]. Temos condições de dar um choque de competitividade.