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terça-feira 8 de dezembro de 2020 às 15:05h

Empresa capixaba vai implantar indústria de areia em Belmonte, sul da Bahia

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Licitação aberta pela CBPM foi vencida pela Pedreiras do Brasil S/A na segunda-feira

A empresa capixaba Pedreiras do Brasil S/A venceu na última segunda-feira (7) licitação aberta pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) para exploração de areia silicosa no município de Belmonte, sul do Estado, a 600 km de Salvador. Com o resultado, a empresa se compromete a implantar uma unidade industrial no município. O minério é a matéria prima da sílica, utilizada na produção, dentre outros, de fibras óticas, placas solares e quartzo artificial.

Segundo o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, outros resultados positivos podem chegar ainda em 2020. “A nossa mineração segue levando emprego e renda para as pessoas no interior do estado. Além desta nova indústria que será implantada em Belmonte, nós temos duas licitações que serão finalizadas até o fim do mês e pretendemos ainda em dezembro lançar mais dois editais, um ouro e outro de níquel, com conclusão para o começo de 2021.”, diz Tramm.

Os planos da Pedreira do Brasil são de iniciar a extração do minério bruto em até seis meses e o beneficiamento em um ano, segundo informou Adriano Alves, diretor da empresa. A última etapa será a implantação de uma indústria para produção de quartzo artificial, um produto complementar às pedras naturais, utilizado na construção civil, que deve levar até quatro anos. “Hoje a nossa empresa importa insumos para depois vender o produto. Agora nós vamos viabilizar uma cadeia 100% nacional de quartzo artificial, desde a matéria prima até o fim e exportar, principalmente, para os Estados Unidos, onde estão 90% dos nossos clientes”, disse Alves.

Além da construção civil, a demanda mundial crescente de produtos de alta tecnologia, como fibras óticas, placas solares e vidros especiais, tem impulsionado a procura por novas reservas de depósitos de areia silicosa com alta pureza. O depósito licitado pela CBPM em Belmonte foi dimensionado em 100 milhões de toneladas, com pureza média de 99,74%. Uma segunda licitação do mesmo material na região está aberta para propostas, com conclusão prevista para o dia 23 de dezembro próximo.

Barita e areia serão licitadas ainda em dezembro, ouro e “níquel, cobre, cobalto” em janeiro

Além da área de areia industrial licitada nesta segunda-feira, a CBPM está com uma licitação de barita e outra de areia previstas para conclusão nos dias 22 e 23 de dezembro, respectivamente.

O depósito de barita fica em Contendas do Sincorá, próximo a Jequié, no centro do estado. O minério é utilizado, dentre outros, na lubrificação e resfriamento de perfurações de petróleo. Já a areia industrial também fica na região de Belmonte e serve como matéria prima para fibras óticas e placas solares.

Os editais que devem ser lançados ainda mês de dezembro serão para os metais níquel, cobre e cobalto em Campo Alegre de Lourdes, norte do estado na fronteira com o Piauí, e para ouro em Umburanas, próximo a Jacobina.

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