segunda-feira 20 de janeiro de 2025
SUPREMO - Luís Roberto Barroso: “O tribunal vê com preocupação avanços legislativos sobre sua atuação” - Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Home / DESTAQUE / Com 6 a 0, STF forma maioria para validar decisões de Dino sobre emendas
sexta-feira 16 de agosto de 2024 às 10:04h

Com 6 a 0, STF forma maioria para validar decisões de Dino sobre emendas

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para referendar as três decisões liminares do ministro Flávio Dino que suspendeu a execução das emendas parlamentares impositivas ao Orçamento, ou seja, que o governo federal é obrigado a pagar.

Até o momento, André Mendonça, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli acompanharam o voto de Dino, formando placar de 6 a 0 para manter as decisões.

As três ações em que Dino proferiu as liminares (as ações declaratórias de inconstitucionalidade nº 7 688, 7 695 e 7 697) ficarão por 24 horas no plenário virtual da Corte. O julgamento começou à 0h desta sexta-feira, e os ministros têm até 23h59 para registrar seus votos.

O próprio relator pediu urgência no referendo. A solicitação foi acatada pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que cuida da pauta da Corte e decidiu abrir uma sessão extraordinária no plenário virtual, antecipando o julgamento.

Entenda o caso

Na quarta-feira, Dino concedeu três liminares suspendendo o pagamento das emendas impositivas — dinheiro do qual os deputados e senadores podem dispor com bastante liberdade e que inclui, dentre as suas modalidades, as “emendas Pix” — até que o Congresso aprove novas regras que deem mais transparência ao procedimento de destinação desses valores.

Na semana passada, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Dino já havia restringido o pagamento das “emendas Pix”, o que gerou uma reação direta do presidente da Câmara. Arthur Lira (PP-AL) disse que o Supremo não poderia “tirar o poder” do Congresso de decidir sobre o direcionamento desses recursos.

Diante desse cenário, na noite da última quarta-feira a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso barrou crédito extra para suprir despesas com tribunais e com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em resposta às decisões proferidas pelo Supremo. O relatório aprovado pelo colegiado, contra a liberação de 1,3 bilhão de reais, ainda precisa ser votado no plenário.

Veja também

Congresso possui 55 vetos para analisar no retorno das atividades legislativas

Após retomar os trabalhos em fevereiro o Congresso Nacional vai precisar se debruçar sobre 55 …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!