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A Embrapa Semiárido recebeu, no dia 13 de novembro, uma Comitiva da Rota de Aprendizagem com a participação de representantes de diferentes países da América Latina e Caribe: Belize, Jamaica, Guiana, Granada, Santa Lúcia, Cuba, Chile e Brasil. A visita teve o objetivo de fortalecer as capacidades de resiliência das organizações de produtores desses países, explorando soluções em campo para melhorar a sua participação nas cadeias de valor agrícolas.
Durante a visita, a comitiva participou de palestras com pesquisadores e analistas da Embrapa sobre temáticas como os recursos naturais do Semiárido, abordando as finalidades econômica e social, sobre segurança hídrica, focando em tecnologias de reúso de águas cinza e barragem subterrânea, e sobre as cisternas rurais, tecnologia utilizada para captação de água de chuva para uso humano, animal e vegetal.
O grupo também conheceu de perto as pesquisas realizadas pela Embrapa no Campo Experimental da Caatinga, incluindo o manejo conservacionista dos solos da região, abortando temas como a erosividade, drenagem, chuvas críticas e estratégias de retenção de água no sistema. Na oportunidade, os participantes fizeram perguntas e esclareceram todas as dúvidas sobre a atuação da empresa no semiárido.
A visita foi articulada pela Procasur, uma organização sem fins lucrativos, focada em gestão do conhecimento entre as pessoas ligadas a associações, organizações e governos interessados no desenvolvimento rural e erradicação da pobreza. O Caminho da Aprendizagem é um dos seus principais projetos de intercâmbio.
O programa é um processo contínuo de aprendizagem no campo, com o intuito de expandir e diversificar o conhecimento do mercado rural, incluindo e valorizando as instituições do conhecimento, comunidades e famílias rurais. Cada rota é organizada tematicamente em torno de experiências, estudos de caso e melhores práticas no desenvolvimento rural e local.
De acordo com Maria José Araia Morales, da Procasur, a visita possibilitou aos 18 membros de organização de produtores campesinos, e representantes da FAO e FIDA, aprendizado sobre soluções, tecnológicas e boas práticas para se adaptar a essas alterações. “Foi justamente esta razão que nos trouxe à região semiárida, para a experiência de convivência com Semiárido, através do uso de diferentes tecnologias para manejo dos solos, manejo da água, energia renovável e também tudo sobre a implementação de sistemas agroecológicos, para que aprendamos a ser amigos do ambiente e permita uma melhor adaptação às alterações climáticas”, destaca.
“A Embrapa tem muito a nos ensinar, sobre as tecnologias, sobre as diversas possibilidades de enfrentamento das interferências climáticas na região. Então estamos aqui para entender o que fazer para conviver harmonicamente com essa realidade em diversos lugares, não só aqui, mas também no mundo”, destaca Agnaldo Xavier, representante do projeto Pró Semiárido, do Governo da Bahia, que tem foco na superação da pobreza rural, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) em parceria com o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Para Sérgio Guilherme de Azevedo, analista da Embrapa Semiárido, a visita também é extremamente importante para a Empresa. “É uma oportunidade muito boa para que tenhamos contato, pois muito são produtores e técnicos. Então nós estamos fazendo uma verdadeira ponte entre esses países para que a gente possa, no futuro, ter pessoas que possam ser nosso contato lá”, declara.
