A Embrapa detalhou como será a alocação dos recursos recebidos pela empresa por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, a estatal terá R$ 983,45 bilhões de recursos até 2026.
Do montante, segundo informou a Embrapa em nota, quase R$ 850 milhões serão destinados para investimentos estratégicos, a fim de aumentar a competitividade científica do agro brasileiro, e outros R$ 145 milhões irão para o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).
O maior aporte, incluindo o fortalecimento do SNPA, de R$ 468,12 milhões, será feito em 2025. Para este ano, estão previstos R$ 60,513 milhões; outros R$ 364,95 milhões devem ser investidos no ano que vem e R$ 89,85 milhões em 2026 – fim do ciclo.
De acordo com a Embrapa, todos os centros de pesquisa da empresa, as suas 43 unidades descentralizadas, receberão os recursos. A distribuição da cifra, contudo, priorizou as Regiões Norte e Nordeste e as obras iniciadas no PAC 2008-2010, conforme a estatal.
Segundo a diretora executiva de Pessoas, Serviços e Finanças da estatal, Selma Beltrão, este é o maior volume de investimentos que a Embrapa já recebeu. O montante não inclui custeio e despesas obrigatórias, esclarece ela. A verba será aplicada em obras, construções, instalações e aquisição de equipamentos e materiais permanentes.
“Esse investimento vultoso mostra que o governo valoriza e reconhece a importância da ciência desenvolvida pelo sistema de pesquisa agropecuária, formado pela Embrapa e organizações estaduais, para a soberania alimentar e a sustentabilidade da agricultura”, disse a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na nota.
A Embrapa distribuirá o aporte em quatro segmentos: infraestrutura para a pesquisa agropecuária territorial e inclusiva – o que prevê a conclusão da instalação da Embrapa Cocais e da Embrapa Alimentos e Territórios, ambas no Nordeste; investimentos para a finalização de estruturas interrompidas, o que inclui o Núcleo de Inovação em Enologia para Estudos do Vinho; demandas especiais, como o Núcleo de Estudos Avançados do Café, o laboratório de prospecção e uso de recursos genéticos microbianos da Amazônia e a ampliação laboratorial de sanidade animal, além de investimentos para competitividade científica e tecnológica, o que inclui expansão e modernização de laboratórios. A empresa afirma que o último investimento recebido foi por meio do PAC de 2008, verba que se esgotou em 2012.
“A empresa teve nos últimos sete anos valores iguais ou menores que 1% de seu orçamento global para investimento”, justifica a Embrapa.