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terça-feira 16 de abril de 2024 às 06:07h

Embrapa: áreas invadidas pelo MST são destinadas a pesquisa e preservação da Caatinga

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou, em nota, que as suas áreas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Petrolina (PE), no âmbito da unidade Embrapa Semiárido, são destinadas a pesquisa e à preservação do bioma Caatinga. “A Embrapa reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos, está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação”, afirmou a empresa pública em nota. Neste domingo, 14, o MST voltou a invadir áreas da empresa durante a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o denominado ‘Abril Vermelho’.

A Embrapa esclareceu que uma das áreas já havia sido invadida pelo MST em 2023, na qual há terras agricultáveis e de preservação do Bioma Caatinga. “Nessa área, o uso contempla trabalhos de conservação e multiplicação de sementes e mudas de cultivares lançadas pela Embrapa; produção de plantas forrageiras para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos que são utilizados nas pesquisas para a pecuária do Semiárido; áreas de reserva para alimentação dos animais na forma de silos; experimentos com frutas, em particular o umbuzeiro, e outras sob irrigação; estudos relativos à diversidade das espécies da Caatinga, subsidiando estratégias de conservação e manejo”, detalhou a estatal. Há também o espaço destinado para a realização do Semiárido Show, evento voltado à agricultura familiar.

A segunda área, conforme a Embrapa, é utilizada pela Embrapa Semiárido há mais de 40 anos em regime de comodato, sendo de posse da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Segundo a empresa, o espaço que foi invadido pelos integrantes do MST “corresponde à parte do Campo Experimental de Caatinga destinada ao manejo dos rebanhos, particularmente ao pastejo em área de vegetação natural, associado ao regime de criação extensiva”, esclareceu.

Por fim, a Embrapa defendeu que o uso das áreas e a realização de experimentos em terras destinadas à pesquisa é fundamental para a geração de tecnologias voltadas à agropecuária.

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