A ministra da Saúde, Nísia Trindade, visitou na tarde deste último sábado (2), as Obras Sociais Irmã Dulce, um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, localizado em Salvador. Ainda na capital baiana, a ministra foi ao Instituto Couto Maia, unidade de referência para casos de dengue agravados, que necessitam de assistência de média e alta complexidade. As agendas no estado da Bahia aconteceram após a manhã de abertura do Dia D de mobilização contra a dengue, em Serra, no Espírito Santo. A iniciativa de união entre governo federal, estados, municípios, agentes, profissionais da saúde e a população brasileira reforçou as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
“Nesse momento, é importante pensarmos no controle e na eliminação dos focos do mosquito, na proteção de cada um e também no cuidado com os sintomas de alerta. É importante não tomar medicamentos por conta própria e sempre consultar um profissional da saúde para diagnóstico. Hoje visitei as Obras Sociais Irmã Dulce e o Instituto Couto Maia, onde pude acompanhar as equipes de saúde e conversar sobre a atual situação no estado da Bahia. Aqui, os pacientes que entraram com dengue foram recuperados, mas não podemos esquecer das medidas de prevenção. Dengue é uma doença que, infelizmente, pode matar. E nós não queremos que haja nenhuma perda de vida, nenhuma morte por dengue”, enfatizou a ministra Nísia.
A Bahia registrou 22,2 mil casos prováveis de dengue em 2024. No mesmo período do ano passado, o estado havia registrado 8,4 mil casos. O Brasil vive um momento de atenção. O aumento no número de casos neste período do ano não era esperado, considerando as tendências históricas, que indicam o pico das epidemias entre março e abril. Os motivos para esta situação diferente do esperado têm raízes múltiplas, mas as alterações climáticas, em especial na época de chuvas, e a mudança nos sorotipos circulantes da dengue, são alguns dos principais fatores. Desde o início de 2024 até agora, um milhão de casos suspeitos de dengue foram notificados no país.
O Instituto Couto Maia realiza 2 mil atendimentos por mês por meio do SUS. É um dos maiores e mais modernos hospitais especializados em doenças infectocontagiosas do país, uma unidade de referência para os casos de dengue agravados, que necessitam de atendimento especializado. Atualmente são 130 leitos, sendo 30 em UTIs, ambulatórios de infecção geral, HIV e neuroinfecção.
As Obras Sociais Irmã Dulce realizam cerca de 5,6 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, em atendimento pelo Sistema Único de Saúde. A sede da instituição abriga 20 dos seus 21 núcleos, incluindo 727 leitos hospitalares para o atendimento de patologias clínicas e cirúrgicas. Desses núcleos, 19 apresentam atuação no campo da saúde por meio do Hospital Santo Antônio, do Centro Geriátrico, do Hospital da Criança, da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, do Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência, do Centro Especializado em Reabilitação e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas.
“Cada um tem que fazer a sua parte, governo e sociedade. Já sabemos que 75% dos focos estão dentro das nossas casas e no entorno. Os agentes de combate às endemias que cumprem o papel de nos orientar, de olhar os focos, de colocar o remédio para as larvas do mosquito, eles precisam ser acolhidos, assim como os agentes de saúde que ajudam no trabalho de orientar as pessoas a procurarem a unidade de saúde nos casos mais graves”, reforçou a ministra Nísia Trindade. “Quero parabenizar a todos os profissionais que fazem o nosso SUS a cada dia e que estão ajudando na luta contra a dengue”, completou.
A luta contra a dengue continua!
É muito importante que a população esteja atenta aos sintomas: em caso de febre alta, dores nas articulações, atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo, é preciso procurar um serviço de saúde. A hidratação, com muita água, deve começar imediatamente e o atendimento logo nos primeiros sintomas é fundamental para evitar que a doença se agrave. É fundamental não tomar remédios por conta própria sem a avaliação do serviço de saúde.
Com apenas 10 minutos por semana, é possível deixar a dengue longe de casa:
- Mantenha a caixa d’água bem fechada
- Receba bem os agentes de saúde e os de endemias
- Amarre bem os sacos de lixo
- Coloque areia nos vasos de planta
- Guarde pneus em locais cobertos
- Limpe bem as calhas de casa
- Não acumule sucata e entulho
- Esvazie garrafas PET, potes e vasos