Conforme o O GLOBO, em meio à profusão de notícias falsas disseminadas na internet e a guerra digital travada entre as duas campanhas presidenciais, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta quarta-feira com representantes das plataformas de redes sociais como Meta, responsável pelo WhatsApp e pelo Facebook, Telegram, Twitter e Google. Também compareceram porta-vozes de Twitch, Kwai e LinkedIn. Segundo Moraes, o segundo turno está “piorando” com relação às fake news.
“Nós avançamos muito no primeiro turno. Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um primeiro turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos. Mas estamos tendo um segundo turno piorando cada vez mais neste aspecto. E, isso, da parte do TSE vem demandando medidas mais duras”, disse o ministro durante o encontro.
Também estiveram na reunião o vice-procurador-geral-eleitoral, Paulo Gonet, o secretário-geral do TSE, José Levi do Amaral, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o diretor-geral do TSE, Rui Moreira, e o coordenador do núcleo de desinformação do TSE, Eduardo Tagliafërro. Os ministros Sérgio Banhos, Isabel Gallotti, Carlos Horbach e Maria Cláudia Bucchianeri também participaram.
Esta é a primeira reunião de Moraes com as plataformas digitais desde que assumiu a presidência do TSE, em agosto, e ocorre a pouco menos de duas semanas para o segundo turno das eleições.
Como mostrou o GLOBO, a 11 dias do segundo turno, tanto Lula quanto Bolsonaro tem apostado alto na guerra digital. A propagação de fake news tem feito com que a Corte venha ordenando uma série de exclusão de postagens, mas sem conseguir conter a enxurrada de mentiras sobre os candidatos.
De olho nisso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu nesta terça-feira uma investigação sobre uma rede usada para favorecer Bolsonaro.
A decisão do ministro atende a um pedido da campanha do PT, que apontou a existência de um “ecossistema de desinformação” que teria como ponto central o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), responsável pela estratégia digital do presidente. Segundo o magistrado, “há indícios de uma atuação concertada para a difusão massificada e veloz de desinformação” que tem Lula como principal alvo.