O cientista político Antônio Lavareda, responsável pela pesquisa Ipespe, acredita conforme a coluna de Matheus Leitão, na Veja, que quanto mais institutos acompanhando as eleições brasileiras, melhor. Nos EUA, por exemplo, são mais de uma centena deles, ou seja, um número bem maior do que no Brasil?
Mas, independentemente do número de institutos, o que precisa ser seguido para se ter a certeza de que a pesquisa está mais próxima de captar ou não a realidade dos votos?
Lavareda acha que é preciso fazer um teste de consistência da amostra. Pegar a eleição de 2018, por exemplo, e ver como a pesquisa se comportou em relação aos fatos que realmente aconteceram.
“Mas é fundamental checar se as suas amostras, além dos demográficos, captaram no recall do voto de 2018 algo próximo ao que ocorreu: vitória de Bolsonaro de +7 pontos no total do eleitorado”, afirmou à coluna.
“Sem esse controle corre-se o risco do conjunto entrevistado ter um viés ideológico numa ou noutra direção, distorcendo sua representatividade. Na última do Ipespe a diferença foi de +9 para o presidente. Perto portanto do resultado do TSE”, completou ele.