Preso em sua mansão no Jardim Europa, na capital paulista, o deputado cassado Paulo Maluf (PP-SP) faz campanha silenciosa para um aliado político.
Ele colou inúmeras faixas de Guilherme Ribeiro (PRB-SP), candidato a deputado federal, na fachada de sua casa.
O novato é filho de Jesse Ribeiro (PP-SP), assessor de Maluf há mais de 40 anos. “Cara nova e serviço prestado” é seu slogan.
CONDENAÇÃO
Maluf foi condenado pelo Supremo a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro.
O Supremo entendeu que, enquanto era prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, o hoje deputado ocultou e dissimulou dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (atual avenida Roberto Marinho), na zona sul da capital paulista.
Segundo os magistrados, Maluf continuou a praticar a lavagem de dinheiro depois de deixar a prefeitura. Para isso, fez remessas ilegais ao exterior usando serviços de doleiros e por meio de offshores na ilha de Jersey.
Ele chegou a ficar preso na Papuda, em Brasília, entre dezembro de 2017 e março de 2018, quando, aos 86 anos, foi autorizado pelo ministro do STF Dias Toffoli em março deste ano a cumprir prisão domiciliar por motivos de saúde. Desde 2010, ele está na lista da Interpol, com ordem de prisão válida para 181 países.