O deputado federal e apresentador de televisão Celso Russomanno, do partido Republicanos, tem 26% das intenções de votos na disputa pela Prefeitura de São Paulo, revela a primeira da série de pesquisas Ibope/Estadão/TV Globo. Ele é seguido pelo atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), com 21%, Guilherme Boulos (PSOL), com 8%, e Marcio França (PSB), com 7%.
Como a margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, Russomanno e Covas estão empatados tecnicamente. O mesmo acontece na terceira colocação, entre Boulos e França.
O restante dos candidatos teve desempenho bem inferior aos do primeiro bloco. A candidata Vera Lúcia, do PSTU, foi citada por 2% dos entrevistados. Jilmar Tatto (PT), Joice Hasselmann (PSL), Andrea Matarazzo (PSD), Orlando Silva (PCdoB), Antônio Carlos (PCO), Levy Fidelix (PRTB), Arthur do Val (Patriota) e Marina Helou (Rede) tiveram apenas 1%. O candidato do Novo, Filipe Sabará, não alcançou 1% das intenções de voto.
Segundo o Estadão, desde os anos 90, esta é a primeira eleição municipal em que o PT larga no mesmo patamar dos chamados “nanicos”, e com risco de perder para o PSOL a liderança entre os simpatizantes da esquerda.
Um em cada cinco eleitores pretende votar em branco ou nulo, e 8% estão indecisos. Todos os números se referem à pesquisa estimulada, aquela em que o entrevistado anuncia sua escolha depois de receber um disco com os nomes dos candidatos.
Em relação à pesquisa Ibope divulgada no dia 20 de setembro, feita a pedido da Associação Comercial de São Paulo e em parceria com o Estadão, tanto Russomanno quanto Covas tiveram oscilação positiva, de dois e três pontos porcentuais, respectivamente. Boulos manteve a taxa, e França passou de 6% para 7%.
Russomanno e Covas são também líderes no quesito rejeição: 31% e 27%, respectivamente, afirmam que não votariam neles de jeito nenhum.
Candidato pela terceira vez à prefeitura da capital, Russomanno também largou na frente nas pesquisas em 2012 e 2016, mas nem sequer chegou ao segundo turno. Sua liderança é em parte explicada pela visibilidade que tem em programas de televisão na TV Record, nos quais faz o papel de defensor dos consumidores. Na atual campanha, ele busca associar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro. Este, por sua vez, dá sinais de que vai apoiá-lo.