Após selar a aliança com o PSD em Minas Gerais, conforme anunciado na quinta-feira (19), resta ao PT definir quem será o vice de Alexandre Kalil (PSD) na chapa para o governo do estado. O nome será indicado pelo próprio PT, que exigiu o cargo ao negociar o palanque de Kalil e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Planalto.
Cotado para o posto, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador da campanha de Lula em MG, disse nesta última sexta-feira(20) ao portal UOL, que prefere atuar nos bastidores a ser vice de Kalil.
“Como trabalhei pela candidatura ao Senado e tenho muitos projetos em Brasília em curso, em várias áreas, é evidente que a minha vontade, nesse momento, é de contribuir mais na interlocução entre Brasil e Minas. Minha preferência é ficar em Brasília, mas estou aberto, ainda, para formatar esse processo”, disse ele ao UOL.
Outro nome cotado para vice é o do deputado estadual André Quintão (PT-MG). Sugerido pelo próprio Kalil, ele é bem visto pelo PSD mineiro. Até quinta, dia em que a aliança foi anunciada, Quintão alegava não ter sido procurado por ninguém para tratar sobre o assunto. Ontem ele não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Impasse na candidatura ao Senado
Líder do PT na Câmara, Reginaldo havia sido alçado como o pré-candidato da sigla ao Senado em MG. Na viagem de Lula a Minas, há duas semanas, os dois dividiram o palanque e o deputado disse querer estar ao lado do ex-presidente para “reconstruir o país”.
No entanto, a ideia de Reginaldo no Senado conflitava com os planos do PSD, que tenta reeleger o senador Alexandre Silveira (PSD-MG).
Na avaliação interna do partido, diante de um impasse com o PT, seria mais vantajoso investir no Senado do que no governo estadual. O nome de Silveira chegou a ser cotado para a liderança do governo Jair Bolsonaro (PL) no Senado — os eleitores do PSD em Minas (especialmente no interior) alguns parlamentares eleitos são mais identificados com o bolsonarismo do que com o PT.