Em meio a tensões, CMN se reúne e não define meta da inflação

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu nesta quinta-feira (16) pela primeira este ano e no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião terminou sem o colegiado aprovar medidas relativas à meta de inflação e em meio a tensões entre o presidente Lula e o Banco Central.

O colegiado do CMN é formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O CMN define as regras para o sistema financeiro nacional e revisa as metas de inflação, conduzidas pelo Banco Central por meio da fixação da taxa básica de juros (Selic).

O presidente Lula tem cobrado pela redução da taxa que atualmente está em 13,75%, o maior nível em seis anos. A meta de inflação de 2023 é de 3,25%. Para os dois anos seguintes, o alvo a ser perseguido pelo BC é uma inflação de 3%. A meta de 2026 será fixada este ano. Campos Neto tem mandato até o fim de 2024.

Reunião curta

A primeira reunião entre Haddad, Tebet e Campos Neto durou menos de meia hora: começou às 15h18 e terminou às 15h46. No entanto, antes do CMN, houve um almoço entre os três que durou mais de duas horas.