O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem encontro marcado nesta quinta-feira com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Em meio ao fim do mandato do chefe do Ministério Público, Lula está avaliando quem irá indicar para o posto — Aras busca a recondução.
De acordo com auxiliares, Lula ainda não decidiu sobre o nome que comandará a PGR e, conforme a colunista Bela Megale, o presidente não tem se mostrado simpático à ideia de reconduzi-lo para os poucos que tentaram convencê-lo a mantê-lo no posto.
— Possivelmente, vou conversar com o Aras e com outras pessoas, e eu vou sentir o que pensam. No momento certo eu indicarei — disse Lula no mês passado à TV Record.
Hoje, o nome considerado mais forte dentro do Ministério Público, assim como no entorno do presidente, é o do subprocurador-geral da República Paulo Gonet Branco. Atual vice-procurador-geral eleitoral, ele foi o autor de um parecer que ajudou a sacramentar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Integrante do MPF há 36 anos, Gonet tem a simpatia e o apoio dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, de quem já foi sócio.
Além de Gonet, um nome cotado à sucessão de Aras é o do também subprocurador Antonio Carlos Bigonha, que ingressou no MPF em 1992 e chegou a presidir a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Visto pelos pares como um progressista, mais alinhado ao campo ideológico do PT, Bigonha tem sido recomendado ao presidente por integrantes do partido e também por políticos de outras correntes.